Apenas um terço dos centros de saúde da Região de Lisboa e Vale do Tejo faz rastreios ao cancro da mama. Nesta zona do país, a taxa de despistagem de tumores na mama é de apenas 27%, quando no resto do país a cobertura é de 100%. O Ministério da Saúde já inscreveu verbas no Orçamento de Estado para alargar programa de rastreios.
De acordo com o Relatório de Monitorização e Avaliação dos Rastreios Oncológicos em Portugal, publicado no início do ano no site da Direção-Geral de Saúde, de um total de 15 Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), só quatro fizeram rastreios do cancro da mama em 2016.
Nuno Miranda, coordenador do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas explica que “o programa é mais difícil de aplicar em regiões urbanas. Falamos de quantidades maiores de população alvo, logo também de meios a serem utilizados. Quando estávamos a generalizar os rastreios a nível nacional foi quando se deu a crise económica, o que impossibilitou que isso fosse feito”.
Contudo, Vítor Veloso, presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, adianta que os programas vão avançar na Grande Lisboa e em Setúbal: “Agora o Ministério da Saúde já conseguiu inscrever verba para estes programas no Orçamento do Estado.”
Segundo relatórios da Direção Geral de Saúde, os programas de rastreio organizado do cancro da mama, levam a uma redução de mortalidade em 30%.
Adaptação de notícia publicada no Diário de Notícias a 6 de janeiro